A Extrusora e o Processo de Extrusão
A extrusora é um
equipamento largamente empregado na indústria do plástico na fabricação de
produtos contínuos como filmes, perfis, tubos, monofilamentos e etc. Além da
produção de material granulado novo ou reciclado.
O processo de
extrusão consiste em alimentar o funil da extrusora com o material moído ou granulado, o qual
através da gravidade cairá sobre uma rosca que o transportará dentro
de um cilindro aquecido por resistências elétricas, parte desse calor é provido
pelo atrito do próprio material com as paredes do cilindro. Nessa fase, o
material passa por 3 zonas: alimentação, compressão e dosagem.
Na zona de
alimentação, a rosca possui sulcos profundos, pois a intenção é apenas aquecer
o material próximo ao seu ponto de fusão e transportálo a próxima zona. Na
zona de compressão, existe uma diminuição progressiva dos sulcos da rosca,
comprimindo o material contra as paredes do cilindro
promovendo sua
plastificação. Na zona de dosagem, os sulcos da rosca são continuamente rasos,
fazendo com que exista uma mistura eficiente do material e a manutenção da
vazão através da pressão gerada.
Ao final do cilindro o
material é forçado contra telas de aço que seguram as impurezas como metais e
borracha, passando então a matriz onde tomará a forma do produto final. A
partir desse ponto o processo segue um rumo diferente de acordo com o produto a
ser fabricado, podendo ser a produção de filmes, de frascos soprados, perfis, tarugos, revestimento
de fios elétricos, granulados e etc.
Outros tipos de extrusora
Uma extrusora não precisa
necessariamente ter apenas uma rosca, ela pode ter duas ou até quatro (esta é
mais rara). A extrusora duplarosca é útil no processamento de materiais mais
sensíveis como o PVC, na produção de masterbatch, blendas e compostos, já que sua capacidade de
mistura e bombeamento do fundido é bem melhor que a de uma monorosca. Suas
roscas podem ser corotantes (giram no mesmo sentido) como podem ser
contrarotantes, o que pode fazer diferença dependendo do que se está
processando.
Qual a diferença entre extrusora e injetora?
A extrusora gera produtos
contínuos, pois a rosca gira e envia material o tempo todo para a matriz. A
peça produzida geralmente é resfriada em uma banheira com água enquanto na injetora o resfriamento ocorre
dentro do molde, o que a grosso modo
podemos dizer que equivale a matriz da extrusora. A rosca da extrusora não se
movimenta para frente ou para trás, e a pressão é gerada pela progressiva
diminuição dos sulcos da rosca, ao contrário da injetora, onde a rosca avança
comprimindo o material fundido a fim de injetálo através do bico de injeção
para dentro do molde.
Extrusão
de Chapas
A extrusão de
chapas pode ser simples, feita com um único material, ou multicamadas
(coextrusão) com o uso de material novo nas partes externas e miolo de
plástico reciclado, por exemplo, reduzindo o custo sem perder qualidade no
acabamento.
A princípio, existem três técnicas usadas na produção de chapas
plásticas:
1 – A mais popular, com
extrusão através de uma matriz plana em rolos polidos, que pode incluir o uso
de uma faca pneumática;
2 – Extrusão através de uma
matriz anelar em um mandril, onde o extrudado sai na forma de tubo e depois é
achatado por rolos (processo usado na produção de chapas de espuma)
3 – Calandragem.
Também existem
outros métodos de extrusão de chapas usando o resfriamento por água.
Os rolos usados
na linha de extrusão geralmente têm circulação de líquido refrigerante dentro
deles e suas temperaturas são controladas, mesmo porque a chapa deve ser
resfriada gradualmente até que esteja solidificada o suficiente para continuar
o processo.
Acima é
mostrado um sistema com três rolos, onde a chapa de
polipropileno é puxada
entre esses rolos até chegar ao final da linha. Esse desenho permite que
tenhamos idéia da importância do controle de temperatura nesse processo, já que
a chapa necessita estar entre 215 e 250°C na saída da matriz; entre 155 e 175°C
ao passar pelo rolo intermediário, que é uma temperatura onde o PP ainda está mole o suficiente para fazer a “curva do rolo”; e entre
100 e 120°C ao sair do rolo inferior, que já é uma temperatura abaixo do ponto de
fusão do PP e apropriada para que a chapa seja tracionada pelos rolos de
borracha.
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