O que significa a sigla RoHs que aparece em componentes eletrônicos? #GrupoWeb


Possivelmente, você já deve ter visto a sigla “RoHs” em algum dispositivo elétrico ou eletrônico. Estes dispositivos são construídos com diversas substâncias, e algumas destas substâncias são prejudiciais ao meio ambiente. Levando em consideração o rápido avanço tecnológico, sabemos que o tempo de uso de um aparelho eletrônico é cada vez menor, o que leva a um descarte acelerado dos dispositivos eletrônicos, por serem rapidamente substituídos por novas tecnologias. Neste ritmo, os materiais perigosos para o meio ambiente, os quais compõem estes dispositivos, são muitas vezes lançados na natureza, sendo altamente prejudiciais. Dentre estas substâncias perigosas podemos citar o chumbo e o mercúrio. Sabendo disso, a União Europeia criou um modo de controlar a utilização destes resíduos em aparelhos eletrônicos, a Diretiva RoHs que restringe o uso de substâncias perigosas em dispositivos eletrônicos.



RoHs (Restriction of Certain Hazardous Substances/ Restrição de Certas Substâncias Perigosas) é uma legislação europeia que restringe o uso de certas substâncias em processo de fabricação de produtos. Entrou em vigor em 1º de julho de 2006, a partir desta data, os produtos usando certas substâncias não circularam mais na Europa. Junto com a RoHs, entrou em vigor uma lei sobre a reciclagem de dispositivos eletrônicos, a WEEE (Waste from Electronic Equipment/ Lixo Vindo de Produtos Eletrônicos). A RoHs também é chamada de “a lei do sem chumbo”, mas ela também se trata de outras substâncias:

Mercúrio (Hg);
Cádmio (Cd);
Chumbo (Pb);
Crómio hexavalente (Cr(VI));
Bifenilos polibromados (PBBs);
Éteres difenil-polibromados (PBDEs);
Existe uma tolerância de no máximo 0,1% do peso do material homogêneo, excetuando-se o caso do cádmio cuja concentração máxima permitida é 0,01%.


Além de se adequarem ao que restringe a RoHs, os fabricantes encontraram uma grande dificuldade em seguir esta lei. A solda tradicional, usada para fixar os dispositivos na placa é composta de 60% estanho e 40% chumbo. Nisso os fabricantes tiveram que usar outras alternativas neste processo. Para substituir a maneira tradicional, são usados a prata, o cobre e o bismuto.

Inicialmente, a RoHs só se aplicava a União Europeia, mas com o processo da globalização, rapidamente se tornou uma norma nos mercados internacionais. Outros países também estabeleceram diretrizes parecidas com a RoHs.

Estes materiais são promissores, mas podem promover alguns desafios:

Alta temperatura de fusão:
A solda tradicional (estanho e chumbo) funde a 180º C enquanto que a solda sem chumbo funde a 227º C. Neste novo cenário, os dispositivos a serem soldados devem suportar esta nova temperatura sem comprometer seu funcionamento adequado.

Ainda em desenvolvimento:
O processo de solda sem chumbo é novo, e ainda está em desenvolvimento. Até agora não existe um padrão industrial para a solda sem chumbo.

Conserto:
Para consertar equipamentos eletrônicos, é preciso usar a mesma solda que foi usada na fabricação deste equipamento. Isso geralmente é especificado na placa. Mas é seguro usar liga 99C (99,7% de estanho, 0,3% de cobre) para reparar equipamento de solda sem chumbo.

Inspeção visual:
A solda sem chumbo é diferente da solda tradicional, de modo que não é possível visualizar com precisão se um ponto de solda está bem feito ou não.

Além da solda, todos os outros componentes que formam os dispositivos eletrônicos não devem possuir os componentes proibidos pela RoHs.

Produtos incluídos na RoHs:
Equipamentos domésticos de grande porte;
Equipamentos domésticos de pequeno porte;
Equipamentos de TI e telecomunicação;
Aplicações do consumidor;
Equipamentos de iluminação;
Dispositivos elétricos e eletrônicos;
Equipamentos infantis, recreativos e desportivos;
Máquinas automáticas;
As lâmpadas LEDs, por exemplo, não usam chumbo em sua composição.

Exceções
Na RoHs existe exceções quanto ao uso de mercúrio e chumbo. O chumbo pode ser usado em:

Ligas de solda com uma temperatura de fusão (com teor de chumbo menor que 85%);
Materiais piezoeléctricos;
Vidro para tubos de raios catódicos;
Ligas de metal estabelecidas na RoHs;
Para o mercúrio, as exceções são em tubos fluorescentes e em outros tipos de candeeiros.

Impactos da RoHs:
A partir do momento em que a RoHs entrou em vigor, os fabricantes, fornecedores e consumidores foram impactados. Os fabricantes tiveram que se adequar a norma, e com isso os produtos sofreram um aumento de preço. Para substituir as substâncias proibidas, foram usadas substâncias mais caras. Isso causou um aumento considerável nos produtos.

Foram criados rótulos para indicarem a ausência de chumbo em equipamento. Existem os “rótulos verdes” (que indicam uma diminuição no uso das substâncias perigosas) e os rótulos “livre de chumbo” (significa que o produto é livre de chumbo).

Além de prejudicar o meio ambiente, o chumbo é prejudicial para quase todo organismo humano, principalmente o sistema nervoso. A maioria dos dispositivos eletrônicos terminam sua vida útil em lixeiras a céu aberto ou no próprio meio ambiente, expondo as substâncias perigosas de sua fabricação. A RoHs previne estes danos e aplica a reciclagem destes materiais.



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Lembrando que todas as informações contidas neste blog são apenas de caráter informativo. Procure sempre um profissional qualificado, sigas as normas e utilize os equipamentos de proteção adequados, evite acidentes!




Fonte: www.mundodaeletrica.com.br 
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