Como saber qual disjuntor usar.




Como saber qual disjuntor usar?


Existem diversos tipos e modelos de disjuntores, cada um com as suas devidas características e aplicações, os disjuntores são dispositivos extremamente úteis e essenciais para a instalação elétrica.


Sabendo disso iremos te ajudar a escolher o disjuntor ideal para sua instalação, apresentando as principais características dos disjuntores e quais são os tipos de disjuntores, vamos lá pessoal!

O que é disjuntor e qual a função do disjuntor?

 

O disjuntor é um dispositivo eletromecânico que tem o objetivo de proteger as instalações elétricas, ou seja, assim que a corrente elétrica ultrapassa o seu valor nominal, o disjuntor interrompe o circuito elétrico, dessa forma impede o fornecimento de energia para as cargas do circuito, evitando assim que as cargas e o circuito danifiquem.


De forma simples, o funcionamento do disjuntor é basicamente como um interruptor automático, e assim que ele identifica um valor de corrente acima do que ele foi projetado para suportar, o mesmo secciona o circuito.


O disjuntor atuará todas as vezes que houver um pico de corrente, sobrecarga e curto-circuito, mas é importante destacar que para todos os disjuntores funcionarem corretamente é fundamental um correto dimensionamento do circuito e dos componentes.

Tipos de disjuntores e suas características:


Existem vários tipos e modelos de disjuntores, sendo que cada um deles pode variar a sua configuração de acordo com a aplicação, como por exemplo as cargas que serão ligadas a eles e a tensão nominal.


Embora os disjuntores possam ter essas diferenças, todos eles possuem basicamente o mesmo princípio de funcionamento e consequentemente a mesma função, que é a proteção dos circuitos como um todo, seja por curto-circuito ou sobrecarga por exemplo.


Podemos identificar três tipos de disjuntores, que é o disjuntor monopolar, disjuntor bipolar e disjuntor tripolar. Sendo que o disjuntor monopolar é usado em instalações e circuitos que possuem um único condutor de fase, como por exemplo circuitos de iluminação e tomadas em sistemas monofásicos, seja com tensão de fase 127V ou 220V.




O disjuntor bipolar é utilizado em circuitos ou instalações que possuem dois condutores de fase, que é o caso de circuitos com chuveiros, torneiras elétricas, tomadas de uso geral ou tomadas de uso especial por exemplo, entre outras aplicações.


Já o disjuntor tripolar é usado em instalações e circuitos com três condutores de fase, como por exemplo os circuitos com motores elétricos trifásicos e comandos elétricos.


Existem também os disjuntores magnéticos, disjuntores térmicos e os disjuntores termomagnéticos, sendo que os disjuntores magnéticos, são os que possuem a função de proteger o circuito contra sobrecargas e curtos-circuitos, além de serem de maior precisão, sua atuação se dá através de identificação do efeito magnético gerado pela passagem de uma alta corrente elétrica.


Os disjuntores térmicos também protegem o circuito elétrico, através da identificação da elevação da temperatura acima do normal. Esse tipo de disjuntor é bastante utilizado como precaução contra incêndios.


O disjuntor termomagnético é a junção dos dois modelos de disjuntores citados anteriormente, trazendo proteção térmica e magnética, sendo comumente utilizado nas instalações elétricas residenciais e comerciais.


Este disjuntor pode ser usado para manobras em um circuito, ou seja ligar e desligar o mesmo além de proteção contra aquecimentos, curtos circuitos e sobrecargas.

Curvas de disparo dos disjuntores termomagnéticos.



Mais um critério que diferencia os diversos tipos de disjuntores são as curvas características de cada um desses dispositivos. Essas curvas definem as aplicações dos disjuntores, ou seja, as cargas que serão ligadas neles.


As curvas de disjuntores são B, C e D, lembrando que devido a unidade de medida da corrente elétrica ser dada em ampere (A), não existe curva característica com letra A, por questão de organização, para que não tenha nenhum problema ao identificar o disjuntor correto.


A curva de ruptura B para um disjuntor estipula que a sua corrente deve ser compreendida entre 3 a 5 vezes a sua corrente nominal para que a proteção do disjuntor seja acionado, mas para um disjuntor de categoria C sua corrente de ruptura deve ser entre 5 a 10 vezes a sua corrente nominal e o disjuntor de categoria D contém uma corrente de ruptura entre 10 a 20 vezes a sua corrente nominal, para que então a proteção do dispositivo seja acionado.


Dicas para escolher disjuntores.



Uma das maiores dificuldades que muitos eletricistas possuem é definir o disjuntor geral no quadro de distribuição de circuitos, por causa dessa dificuldade é comum vermos alguns profissionais usarem os disjuntores de mesmo valor que o do padrão de entrada. Não faça isso, está não é uma prática correta, é necessário fazer os devidos cálculos para dimensionar o disjuntor geral.


Realizar este dimensionamento é simples, são cálculos básicos, basta ter em mãos uma calculadora. Além de ser disponibilizado as tabelas de fator demanda pelas concessionárias, que são de acordo com as suas normas de distribuição.




Como já vimos anteriormente são muitos os modelos de disjuntores, portanto saiba quais os tipos de cargas que serão ligadas nos dispositivos de proteção, se é um motor, ar-condicionado, chuveiro, forno elétrico, lâmpadas e entre outras cargas, para então determinar qual a corrente nominal e a curva de disparo do disjuntor, por exemplo.



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